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Sete Linhas de Umbanda - O que são?

  • Foto do escritor: Michel Antero
    Michel Antero
  • 3 de abr. de 2019
  • 4 min de leitura

Um dos maiores tabus na religião de Umbanda ou assunto de maior repercussão quando levantando, é o que são as sete linhas de umbanda? Sempre vão existir respostas como, as sete linhas de Umbanda, são sete orixás, sete linhas de trabalho (da direita), são sete cores, são as sete cores do arco íris, são sete Santos católicos, são sete chácaras, sete elementos da natureza, Sete sentidos da vida. ou até mesmo sete partes de Deus.

Sabendo que esse é uma das maiores incógnitas da nossa religião pensamos em escrever sobre tal assunto. Antes de qualquer coisa, esse texto não vai trazer uma receita de bolo, onde você vai pegar uma resposta pronta e a partir dela você vai sempre dizer que as sete linhas de umbanda, é isso e ponto. Gostaríamos de propor com esse artigo, te fazer pensar, e só assim e entender o que são as sete linhas de umbanda, mas isso para você, na sua concepção.


Vamos começar dizendo que na verdade todas as justificativas do que são as sete linhas de umbanda, são complementares e se você analisar calmamente esse texto e estiver disposto a abrir sua cabeça, verá que as sete linhas de umbanda não são tão complexas de serem entendidas.


Porém, se você não está disposto a pensar em todas as justificativas dadas como complementares para um entendimento maior, que o conhecimento que você tem hoje é o suficiente, sugiro que feche esse texto. Mas antes, saiba que a definição que você tem conhecimento hoje não está errada, porém, também não está certa, é só uma forma de ver o todo.


Sendo assim, como quase tudo na Umbanda envolve o mistério do sete, não poderia ser diferente que um dos principais pilares da que a religião tem teria que ter o número sete envolvido.


Para Zélio Fernandino de Morais, fundador da Umbanda, por meio do Caboclo das Sete Encruzilhadas, ele a partir de 1908, fundou sete tendas de Umbanda, onde cada tenda dessas, é baseada em uma cor, orixá e santo. Isso é apresentado por Leal de Souza.


Então, nesse contexto, até meados da década de 1950, as sete linhas de Umbanda envolvem sete orixás, cores e santos.


Ainda falando de Zélio Fernandino, Pai Ronaldo Linares, em uma de suas primeiras conversar com Zélio (meados da década de 1970), diz “ninguém entendeu nada ainda. Ninguém entendeu as sete linhas de Umbanda. As sete linhas de umbanda são como se olhássemos para um prisma, onde a luz branca entra e faz refletir outras sete cores.”


Agora nós vamos propor uma analogia filosófica para conseguir entender melhor o que Zélio afirmou anteriormente?


Vamos imaginar que a luz branca, seja Deus, o brilho de Deus que incide em algo, dividindo-se, fatorando-se, tornando-se as sete cores do arco-íris. Dentro ainda dessa ideia mais filosófica, é como se Deus irradiasse e desse objeto que foi irradiado saíssem cores, elementos, partes dele mesmo.


Ainda refletindo sobre a afirmação de Zélio Fernandino, algo em torno de vinte e pouco anos depois, surge um Pai de Santo, chamado Rubens Saraceni, com a explicação de que as sete linhas de Umbanda são sete vibrações ou sete sentidos de Deus.


Ainda há que traz explanações sobre as sete linhas de Umbanda serem sete elementos da natureza, como os elementos de poder dos Orixás, como fogo, terra, água, ar, raios e trovões, flora/fauna e etc.


Depois de debatermos exaustivamente sobre isso, chegamos à conclusão de que nenhuma das definições deve se sobrepor a outra, onde não há uma mais certa ou mais errada que a outra, todas as definições são complementares, fazendo com que seja possível entender as sete linhas de Umbanda como estando em todos nós, seja como santos, cores, elementos da natureza, mas sobre tudo, como partes de Deus. Já que religião é uma forma de se ligar a Deus, ou seja, assim as sete linhas de Umbanda, são formas de que você possa voltar a Deus, seja você pensando Deus como o grande criador ou partes da Natureza.


Sendo assim, se a gente pensar que sete sentidos da nossa vida, sendo que somos reflexos de Deus, são também sete partes de Deus, que por sua vez estão ligados a determinados orixás, onde você tem orixás para o amor de Deus, para a justiça de Deus e por aí vai. Temos também Orixás que vibram melhor, com mais ou menos intensidade em algumas cores, ou seja 7 cores, que também agem sobre uma linha de trabalho (Caboclos com Oxóssi, Pretos Velhos com Obaluayê), estando eles ligados ou não ao sincretismo católico. Há quem diga que são sete chácaras do corpo humano, para esse caso, existem orixás em cada chácara, fazendo com que novamente, a gente volte aos orixás, ao prisma e a Deus.


Com isso, o blog Dia a Dia Umbanda traz a seguinte conclusão, é indiferente a forma como você conheceu ou como você recebeu a definição de sete linhas de Umbanda, como dissemos no começo desse texto, é necessário ter e querer uma compreensão maior, para entender que todos os conceitos são complementares e consequente iguais. São somente e por si só formas diferentes de se enxergar o todo.


Fazendo uma nova analogia, é como se cada um desses teóricos tivesse uma parte de um quebra cabeça, onde ter uma peça não é errado, porém não é o todo. Caso todos esses teóricos trouxessem as suas peças e juntassem, eles veriam que todos têm peças que se complementam.


Agora queremos ouvir você, saber se você concorda com o texto ou não? E para você o que são as sete linhas de Umbanda?


Tem alguma dúvida ou sugestão, mande para o e-mail dadumbanda@gmail.com ou mande para o nosso Facebook (https://www.facebook.com/diaadiaumbanda)


Abraço e até a próxima.

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