Pai e mãe de cabeça - orixás regentes – a importância do autoconhecimento

Muito me perguntam como fazer para descobrir que são os meus pais orixás ou quem são os orixás que me regem. Porém, deixam questões maiores de lado, como: qual a necessidade de saber dessa informação? O que vocês farão com essa isso? Alguns se decepcionam quando não se descobrem filhos de algum orixá em especial, seja porque queria ser ter ele mais próximo de si ou porque gostaria de usar tal orixá como desculpa ou cartão de visitas.

Para esse texto, por intermédio da espiritualidade, eu vou usar a sabedoria que me foi passada por um Preto Velho ao qual sou demasiadamente grato. Portanto, essas palavras não são minhas, mas sim do Sr. Preto Velho que me assiste e atende pelo nome de Pai Cândido.

Como ele veio até a mim para falar isso, foi porque, assim como todo entusiasta ou recém-chegado à Umbanda, tem a tal curiosidade para saber quais os Orixás que estavam comigo.

Lembro que ele veio em sonho e começou com uma pergunta, a mesma que fiz anteriormente, “fio, pru quê vois que saber disso? O que suncê vai fazê cum essa informação? Eu respondi e ele me deu uma aula, com uma humildade digna de um autêntico preto velho, falando que somos filhos de todos os orixás, portanto carregamos em nós todas as vibrações e toda a essência de Deus, ou seja, a essência de todas as sete linhas de Umbanda.

Entretanto, existem aqueles orixás que nós identificamos mais características em nossa própria personalidade ou pontos de paridade com o que temos como ideal próprio ou com os quais mais nos identificamos, esses podem ser os nossos regentes ou apenas temos um apreço maior, seja porque sentimos afinidades ou porque sentimos que em determinado momento da vida foi a ele que recorremos ou esse orixá tomou a frente.

Por isso, eu gostaria de deixar uma pequena colaboração para vocês, irmãos da religião, assim como Pai Cândido me disse, leia sobre os orixás, leia muito, se aprofunde e encontre cada partícula dos orixás em você mesmo, é surpreendente, é revelador. Com todo respeito, é muito melhor que qualquer jogo de búzios ou que alguém lhe revele, você descobrir por si só e confirmar posteriormente, demonstra maturidade e autoconhecimento.

Como deve ser feito o estudo dos orixás e do autoconhecimento?

Simples, ainda como me disse Pai Cândido, é necessário que seja feito o seguinte, divida seu estudo em oito partes. Não necessariamente, oito dias, mas oito momentos.

A parte número um, é entender o que são as sete linhas de Umbanda e o que significa cada vibração de Deus. Depois entender o que é um orixá, o que significa a influência de um orixá na sua vida e etc.

Os passos a seguir são dados de acordo com a sua necessidade, quando você achar que já compreendeu tudo o que tem na etapa em que você está estudando, você muda de degrau. É um estudo, onde não existe que manda, é você quem define suas próprias necessidades e o seu próprio tempo.

A parte número dois, é estudar a primeira linha de Umbanda, a linha da fé, é entender o que ela diz, como ela atua em nossas vidas, saber quais os orixás contidos nela, o que significa essa linha para a lei de Umbanda, como chamar por ela quando sentir necessidade e a característica dos filhos dos orixás que compõe essa linha e etc.

Novamente, para seguir de uma parte para outra do estudo, vai da sua própria consciência, você mesmo vai julgar que tem conhecimento o suficiente sobre a linha que está estudando, quando entender que alcançou conhecimentos o suficiente, você deverá então seguir para a próxima linha.

Ao final você conseguirá falar sobre cada linha e terá um conhecimento vasto para fazer uma análise própria. Será necessária uma imersão em si, onde resultado dessa imersão, é autoconhecimento que todos os médiuns de Umbanda deveriam ter. Pois, ao olhar para dentro de si e conseguir identificar em cada elemento da sua personalidade o que você carrega da espiritualidade, o que traz dos espíritos que você tem em sua egrégora e dos orixás que o compõe e formam a sua essência espiritual é maravilhoso.

Tem alguma dúvida ou sugestão, mande para o e-mail dadumbanda@gmail.com ou mande para o nosso Facebook (https://www.facebook.com/diaadiaumbanda)

Abraço e até a próxima.